segunda-feira, 4 de junho de 2007

Risos

É e mesmo assim
uma pontada, um visgo de amargura,
ou de insegurança e começa o riso.
Rio amaro

Por()que me preocupo com aquilo que não faz parte de mim,
mas infelizmente eu não sou auto suficiente,
se conseguisse viver só de mim
me beberia todos os dias, e tudo seria fácil,
mas é que todos e tudo ao meu redor me atingem,
e me ferem,
de morte,
muitas vezes,
retalhado.
Ainda que por conta disso,
eu já tenha desenvolvido uma boa carapaça.
Existem aqueles que conseguem perpassá()
Lá porque eu deixo,
outros que conseguem chegar a mim sem que eu permita,
esses são fortes!

Daquele riso, que parece sair
com naturalidade e furor, fica em:
Mim, na verdade, o emblema das rugas que me faz nos olhos.
São meus dentes
amarelos
tentando morder um pedaço de alegria
espostejando o mínimo desse desejo de feliz,
mas quando sento com o homem sorridente,
vejo um desespero manho, tamanho desmentido, desmedido é ele em eu.
Um pouco alcoolizado de entusiasmo,
claro!
Um entusiasmo divino,
assim existe,

na crença e na vontade empirica.
Meu Deus existe.

Acho que poderia deixar os clichés e pensar nas coisas de uma forma simples,
veja.
Assim é o mundo,
as pessoas riem quando choram,
ainda que sem lagrimas,
outras lacrimejam quando riem,
logo, são coisas completamente interligadas. De acordo?
Mas seria demasiada banalidade,
verdade,
se que quando estou gripado,
meu olho não para de lacrimejar e meu nariz fica cheio de catarro.
E agora, é desse catarro que eu tiraria o choro, ou choraria dele?

Não quero dizer nada com isso tudo nada,
não se me pergunte, não pergunto, do que vale qualquer coisa que eu tente
Descobrir, a única coisa que eu preciso, é,
vivenciar a experiência de parar
de rir, sorrir, de risos em risos, rasgantes, ressonantes,
riscando o rosto reto de rondas e recantos rasos.
Precisava apenas apagar esses talhos com uma gotinha de água,
Saída do espírito,
escorrendo pelo físico corpo da cara,
seca dentro da pele da alma.



(Escrevi isso agora pouco, pouco antes de criar o blog, não sei que é, mas é algo que já esxiste, afinal tem alguma forma e algum gosto, pra mim [já tinha dito isso para My.])

3 comentários:

Felipe disse...

Olá Di!!

Gostei mto do seu poema, é realmente a sua cara, já que vc vive rindo(aquela risada hauahaua que me faz rir)...

Do nome do blog... adorei vc ter colocado como referência da Clarice, a melhor escritora brasileira.

Bom, desejo-lhe sorte e até o próximo encontro com os seus textos!!

Abraço!

Phillip

Anderson Lucarezi disse...

"encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora
E conta logo a tua mágoa toda para mim"

Myriam Kazue disse...

sorriso de diego
riso de diego
risada de diego

sorrisos tristes
risos alegres
risadas nervosas

não importa...viciei!

não fico mais sem eles