Primeiro veio à luz dos dentes meus
a palavra que cria esse estribilho.
E pela cruz certeira dos ateus:
a fé que me conduz ao cru martírio
nascido da boca em pus de algum deus
que ensinou bem o mal a mim, o filho,
feitor de fabricados Pirineus
enterrados feito sangue sem brilho.
Sob ela, inevitável humanidade,
resta-me aceitar o fardo que é a dor
de sentir que perfeição e divindade
são quereres que nutrem um tumor.
Mas quase me esqueço na insanidade,
que do homem, por sê-lo, concebo o amor.
domingo, 12 de outubro de 2008
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2 comentários:
lindo... eu disse... acho q naun tenho capacidade de fazer sonetos assim.... te amo
muito bom.
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