Naquela avenida ele mora
longe, meio sonolento
Te devora
E eu, que nem sabia que podia
dei de comer e de beber
inocente, sabia que cresceria.
Como num filme trash
ele se mexe um pouco
e de pelúcia vira um monstro
Me devora agora, não mais a ti
Rasga, puxa e mastiga
Tira as córneas, os dedos e a língua,
Mas o coração faz questão, este fica.
Uma, duas, três batidas
Estou dilacerado e pulsante
Estou viciado e vicerado.
Estou credo, semi morto.
Tão forte dói, que não dói.
Eu levanto, sorrio, agradeço.
Coloco-o dentro da minha grande sacola
Tranco-o dentro do meu viveiro
Mesmo que chore a noite toda
Mesmo que ladre, alarde, arde.
Fica preso, não aceso.
Fico puro, luto, fico seguro.
terça-feira, 5 de junho de 2007
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5 comentários:
Oi Di, adorei o seu blog! O que eu te disse uma vez foi confirmado: you are a sensitive person...
Kisses!
Diiiii...era tudo o que eu precisava ler hoje! Caiu como uma luva, me esquentando, nesse dia de frios estranhos n'alma!
Espero poder conhecer mais dessa sua "casa infernal"...
E farei de bom grado, porque, como você sabe, essa amizade fosforescente tem direito a todas as cores...e, por isso, eu quero estar perto pra conhecer todas...no seu tom mais pastel até o mais berrante!!!
Adorooooooooooooooo
Amei...
LindO
Sem Palavras
Bom, belo poema e vejo q retrata mto bem o seu estado atual.
Abraço, Di!!
Phillip
Obrigado a todos!
:o)
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