No compasso hermético das indecisões eu canto.
Infalível é o dó maior, seguro na garganta
falível, ré menor dissonante na melodia.
Crispa forte a pigarra cigarreia,
no meio do ar saindo:
Cuspidela em nome do amor, Insensatez e
Chega de saudade.
E na rua, ouve-se o canto magro e alto,
canto que quase veste chapéu.
O canto do (a) passante.
Enquanto mente, sã - (o)
O corpo é do cristo, não cristão é o canto.
Mas é etéreo o som que some e se renova,
que reverbera como uma palpitação sórdida
dessas que se tem no momento do pecado original.
Segue o murmúrio gutural até o final da letra esquecida
Sem badabadás, sem abadá e sem santinho do Bonfim.
A cena é do herege que canta e mente,
mas que ganha a benção do humano ser-se,
e assim a canção não poderia ser outra.
Era tom baixo, do alto calão do lirismo bem quisto
a canção era (é) de amor:
Ah...
domingo, 28 de setembro de 2008
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2 comentários:
Muito bom mesmo!
Gostei demais!
Parabéns!
Voltou com a corda toda, Di!
Passo sempre aqui agora!
beijos, querido!
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